O ESTRANGEIRO




O estrangeiro é um objeto mas, também, um virtual, já que articula dois elementos – mar e céu – que, apesar de relacionados a sua função, não estão presentes na narrativa visual.

Uma jangada suspensa por balões povoa o espaço aéreo de uma piscina pública. Mesmo que, com o passar dos dias, aconteça uma lenta aproximação em direção à água, à medida que os balões murcham, o objeto não completa sua narrativa e nem cumpre sua função.

O tempo é o agente do acontecimento. Expectativa é uma relação com o futuro, o vislumbre de uma possibilidade; instaura uma crença e exige confirmação. Sucesso é uma expectativa que se concretiza. O estrangeiro propõe um encontro com estes tempos: aquilo que instaura novas possibilidades mas, não existindo como materialidade, pode ou não se atualizar em algo. Nessa relação contínua, a ideia de origem não tem lugar seguro.





2016
instalação
madeira, látex, tecido, cordas e gás hélio
5500 x 3400 x 2600 cm
SESC Ipiranga / A dama do mar
foto e vídeo: Aterro filme