EU SOU MUITAS
Eu sou muitas parte da leitura de A dama do mar, adaptação de Susan Sontag para a obra de Ibsen que narra a história de um homem e uma mulher em um relacionamento abusivo e violento.
Os questionamentos disparados pelo livro e a minha própria experiência em um relacionamento dessa natureza me levou a juntar-me com outras mulheres, todas vindas de contextos abusivos, para elaborar sobre a violência de gênero presente no texto e em seus nossos relacionamentos afetivos. As violências dessubjetivantes, emaranhadas à experiência da leitura, tornaram visíveis reivindicações pessoais e políticas: vida, dignidade, esperança e acordos tácitos de cuidados.
A ideia foi coletivizar experiências, tornar público o que é do âmbito privado e doméstico, fortalecer a presença e elaborar com as participantes a consciência de que um corpo em contato consigo mesmo pode desenvolver possibilidades de gerar liberdade, autonomia e alegria.
Após um longo processo de trabalho envolvendo práticas de saúde, escuta clínica, testemunho como exercício de compartilhamento coletivo, consciência corporal e meditação, as mulheres confeccionaram suas próprias máscaras, criaram fundos/cenários com elementos domésticos como toalhas, lençóis e colchas, e desenvolveram uma gestualidade. Na etapa final desta elaboração, foram construídas imagens fotográficas em colaboração com cada retratada.
Para preservá-las, garantiu-se o anonimato das participantes.
Os questionamentos disparados pelo livro e a minha própria experiência em um relacionamento dessa natureza me levou a juntar-me com outras mulheres, todas vindas de contextos abusivos, para elaborar sobre a violência de gênero presente no texto e em seus nossos relacionamentos afetivos. As violências dessubjetivantes, emaranhadas à experiência da leitura, tornaram visíveis reivindicações pessoais e políticas: vida, dignidade, esperança e acordos tácitos de cuidados.
A ideia foi coletivizar experiências, tornar público o que é do âmbito privado e doméstico, fortalecer a presença e elaborar com as participantes a consciência de que um corpo em contato consigo mesmo pode desenvolver possibilidades de gerar liberdade, autonomia e alegria.
Após um longo processo de trabalho envolvendo práticas de saúde, escuta clínica, testemunho como exercício de compartilhamento coletivo, consciência corporal e meditação, as mulheres confeccionaram suas próprias máscaras, criaram fundos/cenários com elementos domésticos como toalhas, lençóis e colchas, e desenvolveram uma gestualidade. Na etapa final desta elaboração, foram construídas imagens fotográficas em colaboração com cada retratada.
Para preservá-las, garantiu-se o anonimato das participantes.
2014
Trabalho participativo
Casa do Povo/ São Paulo, 2014
Associação de Assistência Social S. Francisco de Assis/São Paulo, 2016
Oficina Cultural Alfredo Volpi/São Paulo, 2017
Centro Cultural São Paulo/São Paulo, 2023
Fotografias em giclèe print
100 x 70 cm cada
Trabalho participativo
Casa do Povo/ São Paulo, 2014
Associação de Assistência Social S. Francisco de Assis/São Paulo, 2016
Oficina Cultural Alfredo Volpi/São Paulo, 2017
Centro Cultural São Paulo/São Paulo, 2023
Fotografias em giclèe print
100 x 70 cm cada