Usando o desenho como recurso e propondo reflexões sobre imagem, representação e a habilidade de presentificar as sensações, me reuni com um grupo de 12 pessoas ao longo de 15 dias.

Uma série de instruções acompanhou a prática. Criar os próprios caminhos perceptivos, duvidando do sistema
visual e convocando forças e percepções de outra ordem – imateriais, cósmicas, desconhecidas.

Esta prática faz parte do que nomeei convocação das imagens-forças e das forças vitais, as imagens vitais. As práticas de escuta, encantamento e chamamento do corpo desconhecido/cósmico é a clínica estésica-estética política.
Desenhos de Leandro Castro, Karlla Girotto, Isabel Teixeira e Danielle Yukari.

— não duvide de sua imaginação;
— escolha coisas vivas: pedras, plantas,

conchas, galhos. Deixe junto com o

material de desenho;
— na roda, de olhos fechados, fale o

seu nome em voz alta;
— toque o próprio corpo e seus

contornos com um pouco de força, o corpo é o nosso índice material de existência;

— massageie mãos, cabeça, face, gengiva, céu da boca, mandíbulas;

— sinta a vibração nas mãos e no corpo, note a qualidade de presença que se instaurou;

— junto com o grupo, entre na

meditação para ativar a intuição;
— ouça a música, deite e relaxe;
— viva cada imagem e pensamento,

mas não guarde para “lembrar

depois”;
— lentamente e no seu tempo e ritmo,

se levante;
— de olhos fechados e tocando os

objetos que você escolheu, um de cada vez, desenhe a sensação e a vibração. Não representar a forma;

— durante todo o período, entre em meditação para ativar a intuição de manhã ao acordar; em seguida, desenhe a sensação dos sonhos da noite;